17 de abril de 2024

Anderson defende um diálogo e diz que decisão de greve dos agentes é legítima

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Anderson defende um diálogo e diz que decisão de greve dos agentes é legítima

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Os agentes penitenciários de Rondônia decidiram na segunda-feira (04) deflagrar um novo movimento grevista em todo o estado. O deputado estadual Anderson Pereira (Pros) participou da assembleia realizada pela categoria na sede do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Agentes de Segurança Socioeducativo do Estado de Rondônia (Singeperon) em Porto Velho, ocasião em que defendeu a necessidade de um diálogo de solução do Governo para efetivar o realinhamento salarial dos profissionais. 

“Esse é o momento de estabelecer um diálogo de solução. Diálogo existe, mas não avança, e essa dificuldade encontramos dentro da própria Secretaria de Estado de Justiça (Sejus)”, evidenciou o parlamentar. 

A decisão de greve baseia-se no total descumprimento do Estado com o acordo judicial que prevê o realinhamento salarial, cujo projeto de lei deveria ser enviado pelo Estado ao Poder Legislativo até o último dia 28. Além disso, o governador Marcos Rocha (PSL) vetou no início do ano as emendas ao orçamento da Sejus e da Fundação Estadual de Atendimento Socioeducativo (Fease). 

“É uma decisão legítima e séria da categoria. Infelizmente chegou a esse ponto porque os próprios personagens do governo que sentaram à mesa não tiveram condições de avançar, ou talvez não tiveram o interesse político para isso. É preciso tirar a política do meio. Os governantes precisam se sensibilizar com esses trabalhadores que tem o pior salário do Brasil, que possui a segunda profissão mais perigosa do mundo e que merecem o devido respeito”, ressaltou Anderson. 

Realinhamento

O deputado também explicou que seguem as negociações pelos agentes de segurança socioeducativo, cuja emenda no orçamento da Fease, no valor de R$ 3 milhões, também não foi reconhecida pelo Governo para que se efetivasse o realinhamento salarial desses servidores. “Eu não vejo diferença entre o agente penitenciário e o agente de segurança socioeducativo porque os dois exercem funções que por simetria são idênticas. A diferença é a idade e a legislação aplicada”, enfatizou. 

“Estou junto com vocês nessa batalha e com a força de Deus e de vocês, vamos vencer. A Assembleia está junto com a categoria e demais servidores públicos do estado que merecem o devido reconhecimento”, realçou Anderson Pereira. 

O líder dos servidores no Parlamento espera que no dia 11 se construa uma proposta concreta, quando uma nova rodada de negociações acontece, com a apresentação de um estudo técnico. “O movimento paredista não é bom para a sociedade, não é bom para o servidor, não é bom para ninguém, porém é o único meio que o trabalhador tem de cobrar e fazer valer os seus direitos”, destacou. 

Conforme nota publicada em seu site, o Sindicato deverá notificar hoje os órgãos competentes sobre a decisão, com a previsão de início da greve no dia 12, em cumprimento ao prazo legal de 72 horas. O efetivo mínimo a ser mantido nas unidades será de 30%. Os servidores deixaram aprovada em assembleia a paralisação total, caso o movimento seja decretado ilegal pelo Judiciário.