19 de abril de 2024

Pediatra do Hospital Infantil Cosme e Damião orienta cuidados sobre a síndrome da mão-pé-boca

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Pediatra do Hospital Infantil Cosme e Damião orienta cuidados sobre a síndrome da mão-pé-boca

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Causada pelo vírus do grupo coxsackie, que pode ser transmitido de pessoa para pessoa ou através de alimentos ou objetos contaminados, a síndrome da mão-pé-boca é uma doença altamente contagiosa que acomete mais crianças com até 5 anos de idade e adultos a partir dos 13 anos. Embora não tenha números concretos, uma vez que o caso não requer internação, a pediatra Luana Baratella informou que nesta época tem sido frequente o registro de crianças com os sintomas no Hospital Infantil Cosme e Damião em Porto Velho e também nas unidades municipais de assistência básica à saúde, como postos, policlínicas e de Pronto-Atendimento (UPA). Trata-se da segunda doença viral mais frequente no País, depois da gripe, segundo a pediatra.

Os sintomas, de acordo com Luana, que só surgem após três a sete dias da infecção pelo vírus, incluem febre superior a 38ºC durante cerca de cinco dias, dor na garganta, feridas ou aftas dolorosas na boca, causando a perda do apetite; e bolhas dolorosas e irritantes nas mãos, pés e às vezes na região íntima, que começam a desaparecer entre o sétimo e décimo dia sem deixar manchas ou cicatrizes, a não ser que o caso se agrave ao ponto de a criança coçar insistentemente o mesmo local.

Luana Baratella observou que não existe exame para detecção da síndrome. O diagnóstico é feito apenas clinicamente pelo médico ou pediatra. No caso de a criança apresentar estes sintomas, a pediatra recomenda que sejam utilizados analgésicos ou antitérmicos, mas se o quadro não apresentar melhora, a criança deve ser levada a uma unidade de saúde, onde serão prescritos anti-inflamatórios, remédios para a coceira e pomadas para aliviar os sintomas.

A transmissão acontece através da tosse, espirros e saliva e do contato direto com bolhas que tenham estourado, objetos, alimentos, fezes infectadas, principalmente durante os primeiros sete dias da doença. Após a recuperação, durante quatro semanas o vírus ainda pode ser transmitido através das fezes.

“O ideal é que se a criança apresentar estes sintomas os pais evitem levá-la à escola ou a ambientes de grande aglomeração para que outras pessoas não sejam contaminadas”, orientou a médica, ressaltando a necessidade de as crianças e os adultos que não se contaminaram buscarem sempre ambientes arejados e lavarem as mãos ou usar álcool. Outra recomendação é que a criança contaminada beba muito líquido gelado, principalmente se estiver sem apetite.