Mas a base de cálculo para chegar a esse resultado é complexa, confusa e divergente.

No último Boletim do governo do Estado acerca da Covid-19, até o fechamento dessa reportagem, haviam sido confirmados 13.010 casos da infecção causada pelo Corona vírus, após 87 dias desde o registro do primeiro caso, em Ji-Paraná, em 20 de março.

Isso não quer dizer que hoje existem cerca de 13 mil pessoas doentes de Covid-19 em Rondônia.

Para saber qual o número de casos ativos, ou seja, pessoas que estão atualmente com a doença, é preciso estabelecer uma equação que exclua as pessoas já curadas e, lamentavelmente, as que morreram pelo Corona Vírus.

Três fórmulas, aparentemente corretas, apontam para números distintos.

Na primeira fórmula, defendida pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), subtrai-se do total de casos, 13.010, os pacientes recuperados, 4,649, e os óbitos, 346, chegando ao resultado de 7.956 casos ativos no estado.

Mas se seguirmos a segunda fórmula, também, bastante lógica, excluiríamos do total de casos confirmados, 13.010, apenas aqueles que estão se recuperando em casa, 5.284, e os que estão internados, 405. 

Dessa foram o resultado é bastante diferente do primeiro, 5.689 casos ativos. Uma diferença de 2.289 casos.

Prova dos 9

Na prova dos 9, a fórmula que mais se aproxima do total de casos é, de fato, a primeira, 12.651.

Nos últimos 15 dias, que é o período em que uma pessoa que se recupera em casa para se ver livre do Corona Vírus, 7.533 pessoas testaram positivo para a doença, 187 morreram e 2.094 venceram a Covid-19. 

Chegar ao número atual de pacientes ativos a partir desses últimos dados seria, por demais, complexo.

Lockdown

No mesmo dia em que acabou o Lockdown em Porto Velho, no dia 16, o Estado registrou 830 novos casos, dos quais, 493, na capital.

No dia anterior, a capital havia registrado menos da metade, 205 casos, e o estado, 315 novos casos.

O fato de ter mais que dobrado o número de casos, coincidentemente no dia da reabertura do comércio em Porto Velho, não pode ser atribuído ao fim do isolamento mais rígido, pois, se uma pessoa contrai o vírus, leva no mínimo oito dias para que os sintomas apareçam, realizar o teste e obter o resultado, para que, daí então, entre para as estatísticas.

Contudo, apesar dos casos não surgirem imediatamente após a flexibilização, provavelmente surgirão, mas não na proporção de assustadora de 100% de crescimento, mas algum aumento certamente será constatado, na segunda metade da próxima semana. 

Dentro deste cenário, o número de caos confirmados em Rondônia dobrou, nos últimos 10 dias, saltando de 7.701 em 6 de junho, para 13.010, no dia 16.

Nesse compasso, a velocidade do crescimento da Covid-19 em Rondônia, tem se mantido. A duplicação anterior também havia sido registrada em 10 dias. 3,862 em 27 de maio, foi para 7.701 em 6 de junho.

Os óbitos têm registrado crescimento de 100% a cada em 15 dias. Velocidade 50% menor que a registrada de novos casos da doença.

A letalidade da Covid-19 em Rondônia, até a terça-feira, foi de 2,6%.