YouTube vai começar a deletar vídeos que contestam vitória de Joe Biden nas eleições do EUA

O YouTube anunciou no fim da última quarta (10) que vai começar a remover da plataforma qualquer conteúdo que alegue fraude eleitoral ou conteste a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020. A decisão acontece dois dias depois de todos os estados do país certificarem o resultado da votação, confirmando mais uma vez a vitória do candidato democrata.
Entre os vídeos passíveis da punição, a plataforma descreve como exemplo em seu blog oficial as produções que afirmarem que Biden venceu a eleição por conta de mentiras como uma série de glitches de software ou de erros de contagem dos votos. “Nossas políticas proíbem enganar a audiência sobre onde e como votar. Nós também desaprovamos conteúdos que alegam fraude ou erros que mudem o resultado de uma eleição norte-americana histórica” escreve a rede social no anúncio; “Em alguns casos, porém, isso significava permitir que visões controversas do resultado ou do processo de contagem dos votos da eleição atual conforme oficiais trabalhavam para finalizar a soma”.
Alguns dados sobre o uso da plataforma no período eleitoral também foram revelados, especificamente sobre os painéis eleitorais com informações da contagem. O recurso foi exibido aos usuários cerca de 4,5 bilhões de vezes, com duzentas mil aparições à parte rolando na seção de vídeos relacionados às buscas feitas no site. Além disso, 88% das publicações mostradas nos 10 primeiros resultados de procuras foram providenciados por fontes seguras de notícias, com a NBC e a CBS dominando.
Dado o contexto da manobra, é válido dizer que a atitude do YouTube chega mais de um mês depois da plataforma ser criticada por não controlar a publicação de vídeos com desinformação sobre a apuração das eleições presidenciais dos EUA. No começo de novembro, enquanto canais notórios por fake news como o verificado One America News Network publicavam vídeos alegando que Donald Trump teria sido reeleito, a companhia defendia a neutralidade declarando que “Como outras companhias, nós estamos permitindo estes vídeos porque a discussão dos resultados das eleições e da contagem dos votos é permitido”.
Fonte: B9