19 de abril de 2024

Tsunami Bolsonaro faz Expedito morrer na praia e leva coronel Marcos Rocha ao governo de Rondônia

peixe-post-madeirao-48x48

Tsunami Bolsonaro faz Expedito morrer na praia e leva coronel Marcos Rocha ao governo de Rondônia

peixe-post-madeirao

Agora não tem mais jeito. Expedito Júnior (PSDB) pode espernear, pode chorar, reclamar, fazer o que quiser, mas quando citarem seu nome nas redes sociais associando-o ao termo “Cavalo Paraguaio”, não poderá fazer nada, a não ser concordar.

Ainda atordoado pelo “caixote” que levou com a passagem do tsunami Bolsonaro, que elegeu o coronel da PM Marcos Rocha (PSL) ao governo de Rondônia, Expedito Júnior deve fazer o mesmo que Mano Brown sugeriu aos petistas no derradeiro discurso nos últimos dias do segundo turno. Ou seja, voltar para as bases e descobrir o que houve de errado.

Considerando a numerologia que se apresentou nas suas tentativas de assumir o posto mais alto da política no Estado de Rondônia, não deverá fica difícil para Expedito entender que os números que apareceram sempre nas primeiras pesquisas de intenção de voto – na arrancada de cada corrida eleitoral que ele disputou – representam o teto de seus votos.

Teto ficando mais baixo

E isso, de fato, é um problema para quem teve seu último mandato há 10 anos. A tendência é reduzir esse teto a cada ano que passa, conforme for reduzindo o número de pessoas que lembre que Expedito tenha feito alguma coisa de positivo durante seus longínquos mandatos. 

É importante – e urgente – que Expedito Júnior consiga um mandato qualquer nas próximas eleições, sob o risco de não conseguir oxigenar sua vida pública e vê-la morrer de asfixia e inanição. 

Marcos Rocha

Por outro lado, Marcos Rocha surpreendeu positivamente ao garantir uma vaga para a disputa do segundo turno. Ele aparecia apenas em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, na pesquisa Ibope divulgada no dia 5 de outubro, dois dias antes do 1º turno. 

Concorrendo sem coligação ao Governo de Rondônia, obteve 183.691 votos totalizados (23,99% dos votos válidos), ficando atrás do adversário Expedito Júnior (PSDB), que teve 241.885 votos (31,59%). Maurão de Carvalho, candidato do MDB, partido que governou o Estado nos últimos oito anos, ficou de fora da disputa por uma diferença de aproximadamente 10 mil votos.

Tabu

Com a eleição, o policial militar quebrou um tabu que vinha, ao menos, desde 1994. Nenhum candidato que ficou em segundo lugar no primeiro turno havia conseguido reverter a vantagem.  

Aos 50 anos,  o Coronel da Polícia Militar irá ocupar um cargo eletivo pela primeira vez. Nascido na cidade do Rio de Janeiro em 3 de agosto de 1968, entrou na carreira militar em 1989, após ser aprovado em concurso público da PM de Rondônia. O novo governador  já foi diretor de escola militar em Porto Velho e secretário municipal de educação no município. Em dezembro de 2014 ocupou o cargo titular na Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).

Surfou na onda bolsonarista, que ajudou a levar outros dois candidatos do PSL aos governos de Roraima e Santa Catarina. Filiou-se ao partido em abril. Antes, era do PSC. (com dados Estadão)