19 de abril de 2024

Maurão fez da Assembleia Legislativa o seu cabidão de empregos

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Maurão fez da Assembleia Legislativa o seu cabidão de empregos

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No gabinete da Presidência da Assembleia, Maurão tem o dobro de servidores lotados na Presidência do Senado Federal, em Brasília

O deputado Maurão de Carvalho, candidato ao governo do Estado pelo MDB, parece não ter medo de fantasmas. Pelo menos não aqueles que foram lotados por ele na Presidência da Assembleia e em seu gabinete. Atualmente, são 142 servidores no gabinete da presidência, mas esse número já chegou a 188. Quem conhece a Casa sabe muito bem que não há espaço físico suficiente para abrigar todo esse pessoal trabalhando todos os dias. Somando aos 27 servidores hoje lotados no gabinete de Maurão, não seria errado afirmar que o parlamentar promove, com o dinheiro público, uma verdadeira farra de cargos.

Maurão tem intimidade com o assunto. Já foi investigado no caso da Folha Paralela da Assembleia em seus primeiros mandatos, quando da eclosão da Operação Dominó, de 2006, que caiu como uma bomba atômica no Legislativo do Estado. Nada muito diferente do que se pode imaginar que aconteça hoje, já que não parece ser nada fácil 142 pessoas possam trabalhar em um gabinete de aproximadamente 60 metros quadrados.

Para o leitor ter uma ideia de quão escandaloso é o número de servidores “lotados” no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, a presidência do Senado Federal tem 71 servidores, e a da Câmara dos Deputados, apenas 26. Mas é preciso fazer justiça: no mandato de 2015-16 de Maurão na presidência, ele abrigava nada menos que 188 servidores em tão pouco espaço.

Verificando os dados na seção de Transparência do site da Assembleia Legislativa, a reportagem constatou que Maurão já teve 188 servidores no gabinete da presidência, além de um máximo de 43 servidores em seu gabinete. Os dois números são correspondentes ao ano de 2015, quando Maurão assumiu seu primeiro mandato como presidente da Casa de Leis. Os dados mostram que Maurão não tem muita preocupação com os gastos do dinheiro público e dão uma ideia bem clara do que ele poderá fazer, caso seja eleito. Pode representar nada mais, nada menos que um rombo nas contas do Estado. Fonte: www.robr.com.br