Ardida como Pimenta: O debate para o governo

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Ardida como Pimenta: O debate para o governo

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Triste e simplesmente verbalmente caótico o debate dos candidatos ao Governo de Rondônia realizado pela TV Globo na terça-feira. Os candidatos Vinícius Raduan (Rede) e Pimenta de Rondônia (Psol) pareciam duas baionetas da Primeira Grande Guerra atacando. Nenhum dos dois candidatos durante esses 75 dias de processo eleitoral, convenceram que seus projetos têm condições de decolar. Tanto é verdade que Vinícius e Pimenta só atacam por onde fazem campanha. Vinícius Raduan traz a nítida percepção de ser o “novo”, a “renovação”. Desse literal “conto do vigário”, o Brasil já está farto, pois em toda eleição aparece uma baioneta descontrolada atacando e dizendo ser o Novo e a Renovação. Aos novos e renovados, quem vence a eleição são os velhos costumes, hábitos e politicagem que são feitas pelos outros.

O candidato Maurão de Carvalho (MDB) apresentou-se muito inseguro, sem conseguir responder aos ataques constantes de Vinicius Miguel, o que poderá prejudicá-lo numa possível ida ao segundo turno, que se torna cada vez mais remota.

Ao candidato Pimenta de Rondônia (PSOL) cabe o fardo de carregar o PT com o seu peso enorme. Fica difícil desvincular o partido e a rejeição desse com a sua candidatura: time off para Pimenta.

O candidato Acir Gurgacz (PDT) recebeu ataque de Pimenta de Rondônia e Expedito Júnior, o que nos leva ao questionamento: esses dois têm condições de atacar? Acir precisaria ter argumentado melhor a questão dos taxistas, porém o debate global não proporcionou a defesa ao candidato pedetista.

O candidato Marcos Rocha (PSL) acabou tornando-se uma marionete do candidato Jair Bolsonaro (PSL). Em certo momento pensei não haver o candidato presente, mas sim um procurador do mito Bolsonaro. Rondônia não existe, literalmente no discurso do candidato Marcos Rocha, que é tão vazio quanto suas propostas.

O candidato Expedito Júnior (PSDB) não foi atacado por Vinícius Raduan e nem por Pimenta de Rondônia, porém demonstrou insegurança e mostrou-se trêmulo no debate em função de sua própria “evolução política”. Expedito Júnior tem rabo de palha e tem conhecimento disso.

 

ACIR NA DISPUTA

O candidato Acir Gurgacz continua na corrida eleitoral. O TSE não decidiu seu destino político-eleitoral, o que mantém sua candidatura. Acir tem direito a recurso no STF em decisão do ministro e presidente da primeira turma, Alexandre de Moraes (AP 935). O próprio ministro contrariou o Regimento Interno do STF.

ENQUANTO NÃO HÁ DECISÃO PACIFICADA NO STF…

Acir tem direito a recorrer até o trânsito em julgado no plenário do STF. Esse entendimento se aplicou até agora a todos os processos que tramitam naquela Corte. Enquanto houver direito a recurso, Acir poderá tê-lo, avaliam juristas renomados que trago aqui: Juarez Tavares, Marcelo Neves, Geraldo Prado, Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), Técio Lins e Silva, Lenio Streck, Alberto Zacharias Toron, entre outros. Então, falar que Acir está fora do processo eleitoral seria incoerente enquanto os outros seis (6) ministros não emitirem seus votos acerca do processo e dos próprios embargos envolvidos nele.

JAIR BOLSONARO

O crescimento de Bolsonaro nas duas últimas pesquisas, Data Folha e Ibope mostraram um avanço avassalador do mito. Haddad viu sua candidatura despencar, após as delações de Palocci ao juiz federal Sérgio Moro, que acabaram atingindo a campanha do petista. No Nordeste, reduto petista, Bolsonaro está assistindo pela primeira vez seu crescimento nas pesquisas em estados importantes para uma possível eleição de Haddad como a Bahia e Pernambuco. Até mesmo no Ceará de Ciro Gomes, Bolsonaro cresceu em relação ao pedetista.