Mobilização faz a coleta de mais de 4 toneladas de lixo no Rio Guaporé

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Mobilização faz a coleta de mais de 4 toneladas de lixo no Rio Guaporé

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Da última quarta-feira (21) ao domingo (25) foi realizada a oitava edição da Mobilização Guaporé Limpo, que é um evento de preservação da limpeza do Rio Guaporé promovido pela associação Ecotours, em parceria com órgãos governamentais e empresas privadas. A coleta do lixo acontece nas regiões limítrofes entre os municípios de São Francisco, São Miguel e Costa Marques. 

A Mobilização reuniu cerca de 40 voluntários e coletou, nesta edição mais quatro toneladas de lixos. Se somadas toneladas de todas as outras edições com as desta última, o evento já coletou, nesses oito anos, um total de 124 toneladas de lixos, tanto os que são deixados por turistas às margens e praias do Rio Guaporé quanto das comunidades, do lado brasileiro e do lado boliviano.

Silvestres

“Nós abrir nossa pousada aqui à margem do Ri Guaporé há mais de 10 anos. Com tempo, nós percebemos que animais silvestres e peixes, vez por outra, apareciam mortos e detectamos que isto acontecia em função de eles terem ingeridos fragmentos de plásticos e/ou alumínio. Foi então que decidimos criar esta mobilização. Desde a primeira vez que fizemos a coleta, percebemos, ao final, que os turristas deixavam uma quantidade enorme de resíduos no Rio. Essa mobilização tem, a cada ano, ganhado parceiros que acreditam neste projeto e que amam a natureza”, disse Gislaine Débora Roso, proprietária de uma empresa de hospedagem e turismo à margem do Rio Guaporé e mentora do projeto Mobilização Guaporé Limpo.

Ilhas

A mobilização percorre, todos os anos, cerca de 300 km, rio acima e abaixo, para fazer a coleta desse lixo. Neste percurso, as coletas são feitas nas ilhas e também nas comunidades de Santo Atonio – que é uma comunidade de Quilombolas -, do lado brasileiro, e de Versalles, do lado boliviano.

“É importante que a mobilização colete os lixos nessas comunidades, pois há resíduos aqui que não temos meios e nem condições de retirar, e se este lixo fica aqui na comunidade sem ganhar uma destinação adequada, acaba por poluir o meio ambiente”, destacou Roberto Lopes, ribeirinho Quilombola.