19 de abril de 2024

Capacitação para otimizar diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos é realizada em Rondônia

peixe-post-madeirao-48x48

Capacitação para otimizar diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos é realizada em Rondônia

peixe-post-madeirao

Médicos e enfermeiros dos municípios de Rondônia que registram maior número de acidentes com animais peçonhentos se reúnem nesta terça (6) e quarta-feira (7) no Rondon Palace Hotel, em Porto Velho, para participarem de capacitação sobre diagnóstico e tratamento dos casos. A programação inclui palestras sobre a importância da notificação, identificação dos animais e ainda contará com a participação do médico infectologista Pedro Pardal.

Ele é formado pela Universidade Federal do Pará com especialização, mestrado e doutorado em doenças tropicais pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Pará. Atualmente está aposentado como professor da Universidade Federal do Pará. O médico Pedro Pardal ficará incumbido da palestra sobre diagnóstico e tratamento por aracnídeos, insetos e animais aquáticos peçonhentos de importância a saúde.

‘‘É uma capacitação que visa fornecer subsídios para que eles atendam pacientes da melhor forma possível, inclusive com o ensino da aplicação de soro de uma forma mais criteriosa, a notificação correta para o Ministério da Saúde, o entendimento da biologia e comportamento dos animais peçonhentos, principais sintomas e sinais dos acidentados e o tratamento’’, disse o coordenador da Vigilância dos Acidentes por Animais Peçonhentos da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), Paulo César Santos Ramos.

Até 15 de outubro deste ano foram registrados 1.004 acidentes com animais peçonhentos em Rondônia, sendo a maioria ocasionados por serpentes, escorpiões e aranhas e em áreas rurais. ‘‘Nós temos hábitos que nos colocam em contato com esses animais como nos banhos em igarapés, pescarias, na prática da agricultura ou mesmo ao arrumar o quintal, mas as estatísticas se mantém dentro do padrão’’, afirma o coordenador.

Em Rondônia, o período da cheia dos rios quando os animais ao terem seus habitats invadidos pelas águas buscam lugares secos é considerado um dos maiores agravantes dos acidentes, além de ser um estado agrícola em que o homem do campo tem uma exposição maior a esses animais. O coordenador alerta para o risco de complicar a situação clínica do acidentando ao utilizar procedimentos inadequados.

‘‘No caso de acidentes com serpentes faz parte das crenças antigas fazer torniquete ou garrote, amarrar próximo da área afetada, isso é completamente desaconselhável, é perigosíssimo. O certo é lavar o local, não fazer nenhum tipo de corte e transportar o acidentado o mais rápido possível a unidade de saúde porque o sucesso do tratamento está na precocidade do atendimento. E para aranhas e escorpiões recomenda-se como medida preventiva usar luvas quando for limpar o quintal’’, alerta o coordenador.

Com medidas preventivas como essas aliadas as boas práticas adquiridas durante a capacitação o Estado espera derrubar os índices de acidentes e óbitos ocasionados por animais peçonhentos.

Situação epidemiológica dos acidentes por animais peçonhentos em Rondônia – Até 15 de outubro
Serpente – 476 casos
Escorpião – 173 casos
Aranha – 118 casos
Abelha – 94
Lagarta – 23
Ign/branco – 20 casos
Outros – 100
Total: 1.004 casos

Programação
Capacitação de médicos e enfermeiros para diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos

Terça-feira – 6 de novembro
7h30 às 8h30 – Abertura do treinamento
8h30 às 11h – Situação Epidemiológica dos acidentes por Animais Peçonhentos em Rondônia (Agevisa/RO)/ Importância da notificação dos Acidentes – Sinan
11h às 12h – Imunobiológicos – Rede de frio
12h às 14h – Almoço
14h às 15h15 – Identificação e biologia das serpentes de importância em saúde com Flávio Terassini e Saymon de Albuquerque
15h15 às 16h – Epidemiologia do ofidismo em Rondônia(Agevisa/RO)
16h às 16h15 – Intervalo – Coffee Break
16h15 às 18h – Diagnóstico e tratamento dos acidentes ofídicos

Quarta-feira – 7 de novembro
8h às 10h30 – Identificação e biologia de aracnídeos (escorpiões e aranhas), insetos e animais aquáticos peçonhentos de importância em saúde com o dr°. Pedro Pereira de Oliveira Pardal
10h30 às 12h00 – Epidemiologia dos acidentes por aracnídeos (escorpiões e aranhas), insetos e animais aquáticos peçonhentos de importância em saúde
12h às 14h Almoço
14h às 16h – Diagnóstico e tratamento de acidentes por aracnídeos (escorpiões e aranhas), insetos e animais aquáticos peçonhentos de importância em saúde com o dr°. Pedro Pereira de Oliveira Pardal
16h às 16h15 – Intervalo – Coffee Break –
16h15 às 17h30 – Diagnóstico e tratamento de acidentes por aracnídeos (escorpiões e aranhas), insetos e animais aquáticos peçonhentos de importância em saúde com o dr°. Pedro Pereira de Oliveira Pardal