18 de abril de 2024

Agricultura: Calcular pode ser a ‘salvação da lavoura’

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Agricultura: Calcular pode ser a ‘salvação da lavoura’

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“Meu Deus. Desse jeito nós tá é pagano pra trabaia!!!”, exclamou, em seu linguajar simplório, Adriana Francisca da Silva, agricultora e mãe de aluno da escola rural Pérola, localizada na Linha 98 Setor Riachuelo, ao término da primeira atividade da Oficina de Custos Para Produzir no Campo, realizada na última sexta-feira (31). O susto veio depois dos cálculos do grupo em que ela participava sobre quanto, aproximadamente, havia custado para ela e o esposo para produzir perto de 40 sacas de café em quase três hectares de terra. E o objetivo da oficina era esse mesmo, como explicou o engenheiro agrônomo Genaldo Martins de Almeida Junior, extensionista da Emater-RO, fazer com que os agricultores aprendam a ter pelo menos uma ideia dos custos de suas produções visando buscar soluções eficientes para obter lucros.
A parceria entre Secretaria Municipal de Educação – Semed, por meio do Projeto Educampo, A Emater/RO e o Sebrae/Ji-Paraná iniciou a série de oficinas que serão ministradas nas quatro escolas participantes do Educampo. A Oficina Custos para Produzir no Campo vem com material didático completo e de fácil entendimento. No Manual do Participante, por exemplo, o agricultor ou o aluno têm todo o roteiro da Oficina; no Caderno de Ferramentas eles encontram todas as planilhas de custos de insumo, de serviços e de produção bem como a planilha para cálculo da margem bruta.

Oficina também será levada para outras instituições de ensino

A Oficina Custos para Produzir no Campo também será levada às escolas Bárbara Heliodora (4ª Linha, Gleba G), Nova Aliança (Linha 86, Lote 28 Setor Riachuelo) e à Escola Professor Edson Lopes (Linha 20, Setor Itapirema).

Sobre a visão pedagógica da Oficina, o professor de matemática e ciências Nilmar Tavarez Pereira concluiu que “a oficina foi bem esclarecedora. Já era um tema esperado pela nossa comunidade e que temos abordado em nossos estudos no Educampo. Acredito que essas informações trazidas pelo extensionista vão dar uma ideia para os alunos que a permanência no campo é viável e rentável e que ele pode continuar produzindo e até melhorando sua qualidade de vida. O que ficou bem explicado pelo engenheiro Genaldo é que para que eu tenha realmente um ganho eu tenho que ter eficiência na produção e essa eficiência inicia-se com o controle dos gastos desta produção”.